CRISELEFANTINO... desde a Grécia Antiga até a Art Nouveau!

por : Luiz Gândara

Do grego khrysos, ouro, + elephas, elefante, de onde passou ao italiano criselefantino. Na antiga Grécia eram estátuas que utilizavam conjuntamente ouro e marfim. 

No início do século 20, o movimento conhecido como Art Nouveau produziu centenas de modelos de estatuetas feitas em metais nobres e marfim, que ficaram conhecidas como criselefantinas.

Isto foi entre os anos de 1925 e 1935 quando surgiu o movimento de criação de esculturas que combinavam ouro, bronze, marfim e mármore, para criar obras únicas.
Este tipo de esculturas se conheceu com o nome de Criselenfatino (do italiano).

Mas na Grécia Antiga, Criselefantino, era o termo técnico dado a um tipo de imagem de culto e que gozava de grande prestígio. 

As estátuas criselefantinas eram construídas sobre uma estrutura de madeira à qual se prendiam pequenos blocos de marfim esculpidos que representavam o corpo humano,  

A estes blocos esculpidos, foram anexadas peças em ouro para representar a roupa, armadura, o cabelo e outros detalhes. 

Em alguns casos, se usavam pasta de cristal, cristal, pedras preciosas e semipreciosas para detalhes como olhos, jóias e armas.

Devido ao alto valor de alguns dos materiais usados (ouro, p.ex.) e a perecibilidade de outros, a maioria dos criselefantinas produzidas na Grécia Antiga, foram destruídas durante a Antiguidade e da Idade Média.

O termo "criselefantino" também é usado para um estilo de escultura bastante comum na arte do século XIX europeu, especialmente da Art Nouveau. 
Neste contexto, ele descreve estatuetas, a pele representada em marfim, roupas e outros detalhes feitos de outros materiais, como o ouro, bronze, mármore, prata ou ônix.

Após a década de 1890, o significado de criselefantino foi estendido para incluir qualquer estátua feita com uma combinação de marfim com outros materiais.